No meio tempo que existe entre as
fases, Zanco senta, num balanço de baixo de um salso chorão, e ali ficava a
contemplar um bosque lá em baixo, mas ele não tinha nem sequer curiosidade de
saber o que havia lá em baixo e nunca saia do alto da colina pois ali nada lhe
faltava.
22 de ago. de 2014
7 de ago. de 2014
Introdução
Zanco despertou numa colina, sem
saber sua origem, pois, quando abriu os olhos, tudo a sua volta já se
encontrava pronto.
Passou
ali a viver então. Sem ambições ou vontades, tudo o que ele conhece são as
cores voadoras que foi a primeira coisa que ele viu após despertar, e a essas
cores ele chamou de corboletas, de barba longa e aparência de velho, ele não
sabe sua idade já que desconhece a conceito de tempo, a passagem do tempo pra
ele é marcada pelas metamorfoses das lagartas que cultiva numa horta de
alfaces, então tudo foi marcado por fases, a primeira delas, a fase da alimentação,
e nessa época ele engorda, comendo os vegetais, frutas, tubérculos, raízes e
sementes que existem no alto da colina que está sempre ensolarada mesmo quando
chove. Durante a fase de
alimentação, sua única preocupação é comer e plantar alfaces para que não falte
alimento as suas lagartas. A segunda fase é a metamorfose, nessa época sempre
faz muito frio apesar do sol constante durante o dia, sua preocupação nessa
época é recolher lenha e manter seu fogão aceso para manter os casulos em
temperatura agradável em seu berçário de cores, e quando as asas habilidosas
começavam a sair de seus casulos, chegava então a terceira fase da sua contagem
temporal, era quando ele colocava um por um dos casulos próximos a uma chaminé
de uma lareira nunca acesa e que servia de incubadora de seu cultivo de
lagartas. Pela chaminé as recém transformadas corboletas encontravam os raios
de sol, que atraiam-nas para voarem por aqui e por ali... continua...
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